sexta-feira, 24 de junho de 2011

O jogo dos sonhos

Quando Sergio Pezzotta soou o apito final da Copa Libertadores no Pacaembu, não sabia que na verdade estava dando início ao mais fantástico jogo da história: o Barcelona x Santos que já está acontecendo nos sonhos de todos os amantes do futebol, seis meses antes das duas equipes se enfrentarem em campo na final do Mundial Interclubes da FIFA.

Este é um jogo perfeito. No campo dos sonhos, a disputa é entre o melhor time do mundo e o melhor time da história, não apenas um confronto entre Messi-Xavi-Iniesta e Neymar-Ganso-Elano. Neste campo entram também as chuteiras sagradas de Pelé e Coutinho, Maradona, Cruyff, Carlos Alberto, Pepe, Ronaldo, Romário, Robinho, Ronaldinho, Rivaldo...



Neste jogo imaginário, não tem bola na canela, carrinho, passe errado, chutão. Não tem taça, não tem título nem semi-final nem Mazembaço. Só passe fino, tabelinha, lançamento e golaço.

Um jogo que vai sendo construído e comentado nos bares, escritórios, esquinas, praças, parques, churrascos, mesas redondas da TV. Cheio de lençóis, canetas, defesas milagrosas, cabeçadas, letras, chilenas, dribles-da-vaca, bicicletas e aquela bola no cantinho da trave que-só-não-entrou-porque-Deus-não-quis?

Um jogo de sonho que vai ser jogado até dezembro, que só vai acabar quando, enfim, o juiz apitar o início do jogo verdadeiro e o Brasil inteiro acordar para a dura realidade da voz do Galvão Bueno.