quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A culpa é toda dela!

Há 54 anos eu fui o primeiro aluno de artes plásticas de Maria de Lourdes Mäder Pereira. Ainda na casa dela, vizinha no prédio da Rua Pompeu Loureiro em Copacabana. Era 1960 e eu tinha 6 anos. Em pouco tempo, ela fundou o ALAP - Atelier Livre de Artes Plásticas, que frequentei até os 16. Foi ela quem me formou um artista plástico, desde os primeiros desenhos até me incluir em exposições coletivas no Brasil - a primeira no então Ministério da Educação e Cultura no Rio de Janeiro - e no exterior (Bulgária, Itália, Hungria, França e na antiga Yugoslávia). Pelas mãos dela,
Muitos anos mais tarde, eu já na casa dos 30, formado Designer pela Escola de Belas Artes, voltei a encontrá-la e fui novamente seu aluno de pintura no CAC - Centro de Artes Contemporâneas.
Desde então, nunca mais tinha ouvido falar de minha mestra. Morei no exterior muitos anos, perdi contato.
Hoje, senti saudades. Pedi help ao Google. E reencontrei-a. Certamente, não está mais conosco nesta vida, mas a vi linda como há 54 anos.

Estas imagens foram extraídas do site Idade Maior - Vida e Memória (em http://www.idademaior.com.br/vida-memoria-1-marco.html)

Muita emoção. Foi ela que me ensinou a não me conformar com o que já existia, a sempre buscar algo novo, a nunca me prender aos conceitos e preconceitos, a entender que a arte contemporânea nunca morre - morremos nós, nunca a arte -, a acreditar que qualquer forma de arte está acima e além da História e independe dela. "Você pode buscar muitos caminhos pra se sustentar, dar conforto à sua família, mas nunca desista de desenhar, pintar, esculpir. Você nasceu para isso, Renato. Eu vi, eu sei."
Mestra, obrigado. Hoje, aos 60, vejo que cumpri sua predição. Já trabalhei em muitas áreas, várias longe das artes, mas sempre estive aqui e feliz. A culpa é toda sua, "Dona" Lourdes.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

A gente sempre volta

Desde 2012 eu não vinha mais aqui. Coisas da vida e do trabalho... não dá pra explicar assim num só post.
Agora estou de volta, renovado e renovando. Arte, design, publicidade, esportes, origens, atualidades - política eleitoral não, não e não! - e outras coisas boas, bóra compartilhar.
I'm back!
E pra não ficar só no blábláblá, ouçam e deliciem-se com A Harpa Irlandesa de Brian Boru, o primeiro Rei Unificador da Irlanda:


Interpretação de Victor Santal.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Quem não gosta disso?

Já saiu o melhor filme publicitário do ano.



Bom de ideia, bom de fotografia, bom de animação e montagem, bom de som, bom de tudo.

Parabéns aos criadores Marcelo Reis e Guilherme Jahara e às equipes das produtoras Vetor Zero e Cream Studio (som).  Quem é que não gosta disso?

sábado, 2 de junho de 2012

Em casa que falta pão...

Não vou fazer o chavão "Eu já sabia", que é muito chato. Só desejo à renitente cartolagem rubro-negra e ao R-10 que encontrem seus destinos.



Peço a Deus que ambos - as(os) Amorins e os(as) Ronaldinhos - permaneçam bem longe de mim.

P.S. Zico, meu amigo, não é que você estava certo? Aquilo lá é uma corja mesmo!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Obrigado R10, obrigado Flamengo.

No dia 13 de abril de 2011, há quase um ano, eu escrevi aqui o post "O efeito-dominó dos Ronaldinhos", sobre o risco das contratações milionárias no futebol brasileiro (clique para ler na íntegra).

Reproduzo um trecho: "Nem o Ronaldinho Fenômeno estava, nem o Ronaldinho Gaúcho está (quem sabe estará?), em condições de praticar o esporte que os consagrou. Mas, devido à longa carência de ídolos no nosso futebol, as torcidas e a mídia receberam-nos como deuses (que foram, sim, mas que já não são) tal como incentivaram as empresas que bancaram seus patrocínios. (...) Se a moda pega, como parece que já está pegando, os marqueteiros vão inundar futebol brasileiro com fórmulas espetaculares quase nunca acompanhadas de investidores reais. (...) é melhor o futebol brasileiro parar por aqui. Seguir em frente vai ser andar pra trás. "

Um ano depois, graças ao indiscutível fracasso da "Operação Ronaldinho" no Flamengo, parece que os cartolas vão passar a pensar duas vezes antes de cometerem novas loucuras.



Por isso, enquanto muita gente lamenta, este blog comemora. Obrigado Ronaldinho Gaúcho por não esconder o que veio fazer no Rio. Obrigado Flamengo por não esconder o quanto são incompetentes os nossos cartolas. O futebol brasileiro agradece.